
Antônio de Sampaio nasceu em 24 de maio de 1810, na Fazenda Vitor, distante 32 quilômetros de Tamboril, no Estado do Ceará. Era filho de Antônio Ferreira de Sampaio, ferreiro, e de D. Antônia de Souza Araújo Chaves. O povoado no qual nasceu, era isolado da área urbana, ou seja, localizava-se em pleno sertão, e era um local desprovido de benefícios financeiros e econômicos (paupérrimo). Por esse fato de morar no sertão, isolado da área urbana, poderia se concluir que seus pais não possuíam nenhuma condição financeira; devido a isso Sampaio não foi educado escolarmente e tinha poucos brinquedos que almejava ter. Apesar das dificuldades Sampaio teve uma juventude igual a de todos os meninos que moravam no sertão, naquela época. Seus principais passatempo eram: praticar "traquinagens", sair na rua com amigos e irmãos para nadar em lagoas e ribeirões, escutar com atenção as histórias de violeiros, enfim era um menino muito ativo e inteligente. Então devido a precariedade do local onde morava, deixava-se supor que somente um enorme esforço pessoal poderia fazer com que o jovem Antônio saísse daquele recanto distante para atingir o posto de Brigadeiro do Exército Imperial brasileiro.
No dia 17 de julho de 1830, ao completar 20 anos de idade, alistou-se como Praça voluntária nas fileiras do então 22.º Batalhão de Caçadores, sediado na Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção. Em menos de dois anos, recebia seu batismo de fogo no violento combate de Icó, travado para debelar (vencer) rebelião que se opunha a renunciar a dignidade soberana de D. Pedro I. O general e historiador Paulo de Queiroz Duarte relata a bravura de Sampaio em seu batismo de fogo:
O combate nas ruas e casario de Icó assumiu feição desesperadora, tendo a duração de seis horas; nessa ação uma força comandada pelo furriel Antônio de Sampaio teve saliente ação, conduzida com determinação por seu comandante e se empenhou na luta corpo-a-corpo contra numerosos adversários.
O combate de Icó foi um marco na vida de Sampaio. Pois era novo, tinha apenas 22 anos de idade, e havia experimentado a sensação prazerosa da batalha. A partir de então Sampaio praticamente não parou de combater até o final de sua vida, dando inicio a uma carreira que iria extrapolar as fronteiras nacionais.
Sampaio combateu no Pará, na Cabanada; no Maranhão, na Balaiada; no Rio Grande do Sul, na Guerra dos Farrapos; e em Pernambuco, na Revolução Praieira. Obtendo extraordinária atuação, em todas essas ocasiões.
Durante a Cabanagem, na Província do Pará, Sampaio participou da expedição que, em 1835, atacou e tomou Turiaçu. Depois, na Província do Maranhão, lutou com denodo na repressão à Balaiada: de 1839 a 1841, tomou parte em 40 combates, tendo exercido o comando em 36 deles. Mercê de sua competência, dedicação e bravura, Sampaio ascendeu rapidamente na hierarquia militar. Em 1844, já capitão, foi destacado para o exército do Barão de Caxias, em operações contra os farroupilhas da Província do Rio Grande do Sul. Combateu sempre na linha de frente e ali permaneceu até a paz do Poncho Verde. Em seguida, tomou parte na pacificação da Revolução Praieira, em 1848, na Província de Pernambuco. Em ordem do dia, Sampaio foi citado “pela inteligência, zelo e circunspecção com que desempenhou suas funções”.
Em 1850, Sampaio retornou ao sul do País e, dois anos depois, atuou na decisiva e gloriosa jornada de Monte Caseros, que restituiu a justiça e a liberdade ao povo argentino, jogando no exílio o ditador Rosas. Em 1861, era promovido a coronel e passava a comandar a 5ª Brigada, pertencente ao Exército do Sul.
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